Amazonas registra seis casos da variante Delta da Covid-19
A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas confirmou, nesta quarta-feira (18), seis casos de pacientes com a variante Delta da Covid-19, em Manaus e no interior do estado. Segundo a FVS, nenhum dos infectados com a cepa – encontrado pela primeira vez na Índia – precisou ser hospitalizado.
Dos seis pacientes, quatro moram na capital do Amazonas e outros dois são residentes de Maués, a 257 quilômetros de Manaus. Eles apresentaram febre, dor no corpo, dor de garganta, tosse, coriza, lombalgia, mialgia e dor de cabeça. Quatro deles já estavam com o esquema vacinal completo contra a Covid-19, enquanto um estava com a aplicação apenas da primeira dose, e o outro não havia sido imunizado.
Todas as seis pessoas relataram que viajaram para os
estados do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro ou tiveram contato com parentes
que estiveram nesses dois últimos estados.
De acordo com a diretora-presidente em exercício da
FVS-RCP, Tatyana Amorim, os seis casos positivos de Covid-19 pela variante
Delta não necessitaram de internação hospitalar. “Dos seis pacientes, cinco não
possuem comorbidades (doenças preexistentes) e evoluíram para cura. Um dos
pacientes tem asma e está sendo submetido a tratamento domiciliar”, detalha.
Os casos foram notificados a FVS, na noite de terça-feira
(17), pela Fundação Oswaldo Cruz – Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz
Amazonas), órgão responsável pelo sequenciamento genômico do novo coronavírus
(SARS-CoV-2) no Amazonas, a partir das amostras coletadas e processadas pelo
Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/FVS-RCP).
Ao portal Em TEMPO, o infectologista Marcus Guerra, elencou algumas características
da variante Delta que levantam a possibilidade dela possuir um efeito mais
nocivo do que a variante Gama (P1) – encontrada pela primeira vez no Amazonas,
entre elas, destacam-se a maior transmissibilidade, maior probabilidade de
evadir-se do sistema imunológico e produzir casos mais graves em não vacinados,
além de infectar vacinados.
“É possível que essa
nova variante cause uma terceira onda no Amazonas, desde que mantenha as
características atuais em relação a transmissibilidade, como a grande
quantidade de vírus encontrada nas vias aéreas, que é dez vezes maior do que
pessoas infectadas com outras variantes, como por exemplo a Alfa e mil vezes
maior que a versão original do vírus. Ainda assim, as vacinas têm contribuído
de modo significativo na diminuição de hospitalizados e mortes, limitando-se
esses eventos entre não vacinados”,
afirmou o médico especialista.
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