PSOL não reconhece candidatura de Marcelo Amil e anuncia Israel Tuyuka como candidato ao governo do AM

 






Por Fábio Melo, Rede Amazônica

Uma disputa interna no Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) acabou mudando os nomes dos candidatos do partido para as eleições deste ano, no Amazonas.



No último final de semana, foram anunciados os nomes do advogado Marcelo Amil e Luiz Marques como candidatos majoritários ao governo do Amazonas, mas o executiva nacional do partido, reconheceu o médico indígena Israel Tuyuka como candidato ao cargo.


A executiva nacional do PSOL, informou por meio de nota (leia a íntegra abaixo), que considerou que uma conferência realizada no dia 16 de julho, preencheu todos os requisitos e foi a que definiu a candidatura do indígena.


O acirramento de ânimos entre membros do partido se acentuou nos últimos meses resultando inclusive em pancadaria durante uma reunião do partido na sede do Rio Negro, no Centro de Manaus.


Marcelo Amil considerou o ato da executiva nacional um golpe e ingressou com recurso na justiça. Leia o posicionamento do advogado na íntegra abaixo.



Já os membros do partido que tiveram o nome do indígena Israel Tuyuka reconhecido pela executiva nacional, disseram que a decisão foi pautada dentro das normas do partido.



Ainda pode haver reviravolta porque a disputa se tornou judicial.



Nota do PSOL


A Executiva Nacional do PSOL, em reunião realizada hoje, 2/8, decidiu acatar o resultado da conferência eleitoral promovida pelo Diretório Estadual do Amazonas, no dia 16 de julho, indicando os nomes de Israel Tuyuka para candidato ao governo do estado e de Marília Freire ao senado.


Além disso, solicitou à Comissão de Ética do partido a abertura de um processo de averiguação das acusações de má conduta partidária por Rosilane Guimarães de Almeida, Elson Marcelo Lima de Souza (Marcelo Amil), Luiz Carlos dos Santos Marques e Clóvis Mota dos Santos. Com isso, esses membros ficarão afastados detoda e qualquer função ou cargo de representação partidária, durante o período de 6 meses.



Posicionamento de Marcelo Amil


"Não me renderei à covardia. Fui surpreendido, mas nem tanto, com um ato covarde na data de hoje. Fui informado que a executiva nacional suspendeu a mim e a presidenta Lane por seis meses. Uma suspensão ilegal, sem qualquer previsão no estatuto, sem qualquer respeito  a qualquer procedimento. Não há nenhum processo aberto contra mim no conselho de ética nem em qualquer outra instância. O objetivo é simplesmente sabotar o processo eleitoral no PSOL mantendo o

 partido como  um brinquedinho de meia dúzia.


Inventaram a primeira candidatura, inventaram a segunda, inventaram até uma candidatura de quem nem filiada ao PSOL Amazonas era, e vendo que não teriam apoio dos filiados do PSOL, tentam ganhar no tapetão.


Tenho a honra de ter sido aclamado na maior convenção da história do PSOL Amazonas. Foram mais de 150 presentes, de mais de seis municípios, 89 filiados com direito a voto.A convenção foi convocada nos termos exatos do estatuto, registrada no TRE no dia 19 de julho, e nunca recebeu nenhuma contestação. Não recebeu porque a convocação foi formalmente perfeita.


Não aceitarei esse desrespeito à maior convenção da história do PSOL Amazonas e já recorri ao TSE para desfazer esse arbítrio. O mandado de segurança encontra-se sorteado para o ministro Alexandre de Moraes e provavelmente amanhã já devemos ter a justiça restabelecida no PSOL.

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