Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável se reúne na 44ª Expoagro

Bancos e cooperativas querem ampliar atendimento ao setor primário e levar crédito a todos os municípios do Amazonas

A Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror) promoveu, na terça-feira (30/08), uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável (CEDRS), dentro da programação da 44ª Expoagro, que ocorre até o domingo (04/09), no Kartódromo da Vila Olímpica. O encontro, realizado no auditório do evento, teve o objetivo de apresentar aos membros do conselho, as discussões sobre como trabalhar a inadimplência de crédito dos produtores do Amazonas.

Na ocasião, representantes da Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam), Banco da Amazônia (Basa), Banco do Brasil (BB) e Sistema de Crédito Cooperativo (Sicred) apresentaram as propostas e normas para nortear a liberação de crédito para os produtores, além de discutir políticas públicas de fomento ao pequeno produtor do estado, com ações práticas que garantam mais infraestrutura. A chegada da informação e da assistência técnica e tecnológica aos produtores ganhou destaque durante a reunião.

O titular da Sepror e presidente do Conselho, Petrucio Magalhães Júnior, destacou a importância do crédito para atender os anseios dos produtores de investir em seus negócios.

“A Expoagro é o momento de mostrarmos que há produção, que existe o  produtor rural, aqueles homens e mulheres que produzem os alimentos, e que é preciso valorizá-los. E fazemos isso através do crédito rural, a chave para transformar o cidadão do setor primário. Sem o crédito facilitado não há avanço, não há desenvolvimento, não há acesso às novas tecnologias. Garantir o crédito rural é realizar o sonho dos produtores, gerar empregos e melhorar a renda na zona rural”, afirmou Petrucio, em sua fala de abertura da reunião.

 

Basa e Banco do Brasil

Representantes do Basa e do BB falaram sobre os investimentos das instituições no agronegócio regional, reiterando o entendimento de que os recursos aplicados no agro em apoio ao setor primário tendem a ser ampliados ainda em 2022.

“O Basa pretende fechar novas parcerias com outros organismos governamentais e não governamentais, a exemplo das cooperativas, ampliando sua atuação e posição de liderança no apoio ao setor no Amazonas”, disse Esmar Manfer Dutra do Prado, superintendente do Basa no Amazonas e Roraima.

Por sua vez, o gerente de negócios do Banco do Brasil (BB) no Amazonas, Nelson José da Silva Júnior, anunciou que enviou proposta para que a instituição adote o Barco do Agro como diferencial no estado.

“Este meio de transporte pode substituir a Carreta do Agro do BB, que neste ano deverá percorrer cerca de 900 municípios levando oportunidade de crédito aos produtores rurais por todo o Brasil. A proposta se justifica porque o acesso à grande maioria dos municípios amazonenses só é feito por via fluvial. Já a carreta estará limitada aos municípios que permitem acesso rodoviário”, disse Nelson Júnior.

 

Cooperativismo

O presidente da Organização das Cooperativas do Brasil no Amazonas - Sistema OCB/AM, José Merched Chaar, assinalou a nova função de apoio aos produtores rurais por meio das cooperativas.

“No último dia 24 de agosto, o novo Sistema Nacional de Crédito Cooperativo foi sancionado pelo Governo Federal, permitindo que as cooperativas atuem no mesmo nível das carteiras de crédito bancário, permitindo ao cooperativismo atuar diretamente na busca de maior desenvolvimento do setor primário, além do que já vem realizando”, comemorou Merched.

Segundo divulgação da OCB, as cooperativas, fundamentais no acesso a crédito por pequenos produtores rurais, possuem atualmente a maior rede de atendimento entre as instituições financeiras do país, com mais de 7,6 mil pontos físicos, sendo ainda a única opção disponível para pequenos e médios produtores rurais em 264 municípios do país.

Ao final da reunião, Petrucio Magalhães Júnior anunciou que o próximo encontro acontecerá em novembro. A pauta deverá tratar das novas normativas ambientais, com a participação de técnicos e agentes financeiros, visando melhor compreensão da legislação, com objetivo de evoluir cada vez mais no setor primário amazonense.