Sepror e Agência de Cooperação Alemã capacitam técnicos do Programa de Agricultura Indígena

 

Meta é qualificar técnicos para a assistência aos agricultores e comunidades indígenas acerca das políticas públicas para agricultura familiar

Para fortalecer as ações da agricultura indígena, o Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), em parceria com Agência de Cooperação Alemã (GIZ), realizou, na terça-feira (07/06) e quarta-feira (08/06), uma capacitação para técnicos que atuam no Sistema Sepror (Idam, Adaf e ADS), na Fazenda Santa Rosa, localizada no município de Iranduba (distante a 27 quilômetros de Manaus).

Acesso às Políticas Públicas, e Princípios e Práticas Agroecológicas, foram os principais temas abordados. Ao todo, 13 técnicos de nove municípios participaram da programação. Entre os municípios estão: Tabatinga, Boca do Acre, Lábrea, Barreirinha, Santa Isabel do Rio Negro, Barcelos, São Gabriel da Cachoeira, Atalaia do Norte e Itamarati.
“A inciativa desse curso é para que tenhamos técnicos qualificados para levar assistência aos agricultores indígenas, quanto ao acesso às políticas públicas de comercialização, com a documentação necessária. Além de práticas agroecológicas e certificação orgânica”, comentou a coordenadora estadual do Programa de Agricultura Indígena Carla Coelho.
A proposta do Governo é qualificar os técnicos que atuam na ponta, para que eles possam executar um serviço de excelência, contribuindo para que as políticas públicas cheguem aos agricultores e comunidades indígenas. A maioria dos técnicos do programa são indígenas e possuem formação profissional na área de atuação.
Manoel Teixeira, técnico que atua em Santa Isabel do Rio Negro e que é da etnia Baré, foi um dos participantes do curso. Ele destacou que o município ocupa o 5º lugar no ranking com a maior população indígena no País, e tem a sua economia voltada ao cultivo de mandioca e seus derivados, banana, abacaxi e melancia.
“A importância dessa capacitação do Programa da Agricultura Indígena, principalmente no que se refere ao nosso município, onde a atuação do programa atinge, é a gente ter uma assistência técnica voltada para atender especificamente esse público, que são indígenas. Viemos participar do curso para nos enriquecermos e levarmos até o nosso público beneficiário essa experiência, essa troca com as demais localidades”, destacou Manoel.
Programação
No primeiro dia, a programação contou com a apresentação sobre os principais programas direcionados à agricultura familiar indígena e os documentos para acessá-los, entre eles: Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae); Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF); Programa Alimenta Brasil (Pab); Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa de Regionalização da Merenda Escolar (Preme); e Política de Garantia de Preços Mínimos para os Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio).
Na manhã desta quarta-feira (08/06), os técnicos tiveram acesso às apresentações sobre Princípios e Práticas Agroecológicas. Já na parte da tarde foi realizada a parte prática da capacitação, com uma visita a uma propriedade orgânica, localizada em Iranduba.
O assessor técnico da GIZ e técnico do Projeto e Bioeconomia e Cadeia de Valor, Carlos Demeterch, destacou a parceria com a Sepror. “Essa parceria que a gente construiu com a Sepror foi provocada pela própria Secretaria, justamente para promover esses eventos de capacitações técnicas, aqui especificamente com os técnicos do Programa de Agricultura Indígena, e tem muita consonância com as ações do Projeto de Bioeconomia e Cadeia de Valor, que a gente está promovendo pela GIZ, que é justamente passar para os técnicos as políticas públicas e outros instrumentos legais, que eles podem adotar e replicar com as populações indígenas”, destacou Carlos.
FOTOS: Felipe Pessoa/Sepror

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