Mãe afirma que seu bebe morreu por descaso de hospitais de Manaus

Estela da Silva, mãe da pequena Safira Eloá, de 1 ano e 5 meses, relatou que estava há um mês na correria com a filha doente e alegou que além dos medicamentos não estarem fazendo efeito, os médicos sempre mandavam elas voltarem para casa. 

Durante os dias doentes, a mãe levava a filha em um hospital particular e no Chapot Prevost, onde a menina acabou morrendo na noite de ontem (7). Estela afirmou que a filha estava inicialmente com diarréia e vômito. Ela levou a bebê, que tem plano de saúde, para o hospital particular, onde foi medicada e em seguida liberada, depois a menina começou com uma tosse, elas retornaram na unidade de saúde, onde Safira passou por exames e o médico não sentiu a necessidade de internação, pois afirmou se tratar apenas de uma "gripe". A menina foi medicada e liberada para voltar para casa.
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Passou alguns dias, Estela disse que a menina não apresentou melhora e resolveu levar a filha para o SPA e Maternidade Chapot Prevost. Chegando no local, a bebê foi diagnosticada com pneumonia. Ela ficou duas noites e dois dias internada, apresentou melhora e foi liberada para ser medicada em casa. 
A mãe conta que no último sábado a filha seguiu doente e voltou ao hospital particular. Lá, ela mostrou o raio-x que havia tirado no hospital público. "O médico disse que o raio-x de lá é mal feito e só deu uma secreção no pulmão, mas ela não estava com pneumonia", relatou Estela. 
A mulher relembra que o médico do hospital particular disse que se tratava de uma gripe e não havia necessidade de internação. No domingo, Safira acabou passando o dia em observação, mas foi informada que a menina estava com uma tosse mal curada. "O medico do plantão entrou e disse que não precisava a internação (...) Já estamos com mais de mês nessa luta e vocês só falam a mesma coisa, de ir para casa. A gente está cansado. A minha filhinha está sofrendo”, disse ela ao médico na ocasião.
Como a tosse persistia, a mulher retornou a Hospital e Maternidade Chapot Prevost. “O doutor que atendeu a gente falou: ‘mãe ela precisa apenas de uma medicação’. Não precisou fazer exames porque ela já havia feito de sangue, raio-x e havia indicado que estava tudo ok. Ela precisa só de uma medicação para passar essa febre, que estava com 38. Aí eu fui para sala de medicação, cheguei lá eles erraram muito o acesso (na veia) dela. Ela já tinha sido furada umas 10 vezes. Eles queriam furar o pescoço dela e não deixei. Aí deram muita medicação, uma atrás da outra", contou.
"Aí o doutor disse que ela precisava somente de medicação, que era uma gripe mal curada, e em seguida seriámos liberadas para casa", acrescentou. No hospital, a mãe relembra como foi o atendimento antes da menina vir a óbito: “Acabou o turno do médico e entrou outro. Aí botaram a saturação aonde estava o acesso, a mão dela estava apertada, um pouco roxa, aí não tinha como a saturação dela subir, dava 88%, aí eu disse moço não tem como que o dedinho dela está muito apertado. Aí o doutor falou que a saturação dela estava baixa e precisava ser entubada. Aí eu disse para ele chamar a enfermeira e tirar saturação do outro braço dela. Aí do outro lado deu 95. Ele insistiu para que a bebê fosse entubada”, contou.
“Foram logo dando injeção, medicação nela. Eu pedi para transferir que ela tem plano de saúde. Ele disse que ela precisava [da intubação] e que só ia abrir o pulmão para ela respirar melhor. Eu disse: ‘doutor não vai acontecer nada com a minha filha?’ Não, mãe eu lhe garanto é só para ela respirar”. No processo de intubação, ela disse que a menina começou a espumar e sangrar pela boca. "Aí eles colocaram o oxigênio. De repente começaram a fazer o processo de reanimação. Eram mais de 15 pessoas em cima dela", relembrou a mãe, muito abalada. 
Estela contou ainda que passou cerca de 30 a 40 minutos até ser informada de que a filha tinha morrido. A mãe então entrou em desespero e com as mãos quebrou os vidros das portas da unidade de saúde.

Fonte: Portal Holanda

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