Espetáculos sobre acessibilidade são apresentados em Festival nacional

 A obra desta semana fala sobre o olhar como via de acesso; porta de entrada e saída de significados

A Fundação Nacional de Artes lança nesta quarta-feira (8), às 20h, o espetáculo Proibido Elefantes, do Rio Grande do Norte.

A montagem, da Companhia Gira Dança, encerra a terceira fase do Festival Funarte Acessibilidança, que tem sete espetáculos da Região Nordeste. Segundo a companhia, proporcionar acesso do público em geral a uma montagem como Proibido Elefantes é colocar a sociedade em frente a um espelho.

As sessões do Festival Funarte Acessibilidança, em vídeos com audiodescrição e Libras, ficam disponíveis no canal da Funarte no YouTube (bit.ly/FunarteYouTubeFestivalAcessibiliDanca) logo após o lançamento. A programação gratuita teve início em junho e vai até o final de outubro, com a publicação dos 25 projetos contemplados.

A obra desta semana fala sobre o olhar como via de acesso; porta de entrada e saída de significados.

“O modo como percebemos a realidade é resultante do diálogo que estabelecemos com ela. Nosso olhar é constituído pela realidade, assim como a realidade é constituída pelo nosso olhar — a construção do sentido transita em via de mão dupla. O olhar enquanto apreensão subjetiva do mundo é, neste trabalho, apontado como elemento potencializador do sujeito diante dele”, frisa o coletivo.

Proibido Elefantes tem concepção, direção geral e coreografia assinadas por Clébio Oliveira, e a direção artística fica a cargo de Alexandre Américo. O vídeo da montagem tem 55 minutos de duração e é indicado a maiores de 16 anos.

Sobre a Cia. Gira Dança

Companhia de dança contemporânea, formada por bailarinos com e sem deficiência, a Gira Dança tem como proposta artística ampliar o universo da dança por meio de uma linguagem própria, voltada para o conceito do corpo como ferramenta de experiências.

O coletivo busca instigar nos espectadores a discussão sobre os limites do corpo, rompendo preconceitos e limites preestabelecidos, com foco nas relações entre corpos com e sem deficiência. Com sede em Natal, no Rio Grande do Norte, a Gira Dança foi fundada em 2005, pelos artistas da dança Anderson Leão e Roberto Morais. O grupo desenvolve ações sociais como palestras e oficinas em instituições de ensino e organizações.

O Festival Funarte Acessibilidança, em estreia na instituição, foi criado a partir das ações do Prêmio Festival Funarte Acessibilidança Virtual 2020. No concurso público, foram premiados 25 projetos de vídeos de espetáculos, que promovem o acesso de todas as pessoas à arte.

O coordenador de Dança da entidade, Fabiano Carneiro, destaca a importância de se levar essa linguagem artística à população, durante o período de distanciamento social.

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Estamos estreando o Festival Funarte Acessibilidança, um projeto inédito com foco na acessibilidade e na inclusão. Ao longo dos próximos meses, serão apresentados espetáculos de dança das cinco regiões do Brasil, plenamente acessíveis ao público, contemplando uma enorme diversidade na sua programação"

Fabiano Carneiro, coordenador de Dança da entidade

 

Festival Funarte Acessibilidança

Acesso gratuito, no canal: bit.ly/FunarteYouTubeFestivalAcessibiliDanca

Com audiodescrição e Libras

Espetáculo Proibido Elefantes, da Companhia Giradança (Rio Grande do Norte)- Dia 8 de setembro, quarta-feira, às 20h

- Classificação indicativa: 16 anos

- Duração: 55 minutos

Ficha técnica: 

Concepção, coreografia e direção: Clébio Oliveira / Direção artística: Alexandre Américo / Assistente de coreografia: Álvaro Dantas / Bailarinos e criação: Álvaro Dantas, Jania Santos, Joselma Soares, Marconi Araújo, Iego José e Ana Vieira / Produção executiva: Celso Filho /Trilha sonora original: Toni Gregório / Figurino: Loris Haas / Colaboração: Daniela Fusaro / Design de luz: Ronaldo Costa / Operação de luz: David Costa.

Agenda dos contemplados das demais regiões

Região Centro-Oeste - Dia 15 de setembro

Região Sudeste - Dia 13 de outubro

Região Norte (espetáculos já disponíveis): Lua de Mel, da Cia. Lamira Artes Cênicas (TO); Maculelê: Reconstruindo o Quilombo, do Grupo de Dança Reconstruindo o Quilombo (RO); e Solatium, do Corpo de Dança do Amazonas (AM)

Região Sul (espetáculos já disponíveis): Flamenco Imaginário, da Cia. Del Puerto (RS); Convite ao Olhar, da Cia. de Dança Lápis de Seda (SC); e Do Avesso, do Grupo Nó Movimento em Rede (PR)

Região Nordeste (espetáculos já disponíveis): Estado de Apneia, do Grupo Movidos Dança Contemporânea (RN); Ensaio sobre o Silêncio, da coreógrafa Taciana Gomes (PE); Maré - Versão virtual e acessível, do Coletivo CIDA (RN); Rio sem Margem (BA), do bailarino Elísio Pitta; Plenitude, da Cia. Dança Eficiente (PI); e Ah, se eu fosse Marilyn!, do coreógrafo Edu O. (BA).

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