Wilson Lima entrega equipamentos e amplia efetivo da Operação Tamoitatá para reforçar combate ao desmatamento ilegal

Força-tarefa terá reforço de 312 servidores e brigadistas e novas tecnologias de monitoramento


O governador Wilson Lima entrega, nesta segunda-feira (16/08), no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), mais de R$ 615 mil em novos equipamentos para estruturar brigadas no sul do estado e anuncia o ampliação de efetivo e novas tecnologias para a Operação Tamoiatatá, reforçando o  combate ao desmatamento e queimadas  ilegais no Amazonas.

O evento no CICC conta com a presença de secretários estaduais e equipes de fiscalização ambiental e segurança pública, que atuam de forma integrada na Operação Tamoiotatá, deflagrada em abril deste ano nos municípios do chamado arco do desmatamento, no sul do estado. 

Ao todo, o governador entrega mais de 4,6 mil itens operacionais e equipamentos que vão auxiliar o trabalho em campo de equipes da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBAM), Defesa Civil do Estado, Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), além de brigadistas capacitados pelo Governo do Estado.

Os itens entregues incluem abafadores, óculos de proteção e bolsas de hidratação e foram adquiridos pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), por meio do projeto “Floresta Viva”, que conta com verbas repatriadas da operação “Lava Jato”.

Reforço de efetivo – A força-tarefa da Operação Tamoiotatá passará a contar com 312 pessoas para fortalecer o combate ao desmatamento e às queimadas ilegais, entre 137 servidores do Estado e 175 brigadistas florestais capacitados pelo governo.

Do total, 200 ficarão divididos em três bases, localizadas em Apuí, Humaitá e Lábrea (a 453, 590 e 702 quilômetros de Manaus, respectivamente), ampliando a cobertura contra a degradação ambiental na região sul do Amazonas, considerada de maior vulnerabilidade no estado para crimes contra o meio ambiente relacionados à grilagem, uso irregular de terras, extração ilegal de madeira e garimpo.

O reforço de efetivo contará com equipes da Sema, Ipaam, SSP-AM, PMAM, CBMAM e da Foça Nacional de Segurança, que integrará as ações do Estado por meio da Operação Guardiões do Bioma.

Também terá a participação de servidores da Polícia Civil do Amazonas, por meio da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente e Urbanismo (Dema); e das Secretarias Executiva-Adjunta de Planejamento e Gestão Integrada (Seagi), de Operações (Seaop) e de Inteligência (Seai), vinculadas à SSP-AM.

O restante corresponde a 112 brigadistas florestais, capacitados pelo Governo do Estado para atuar na contenção de pequenos e médios focos de calor, que também vão integrar as equipes da Operação Tamoiotatá em outras cidades. O reforço será para os municípios de Manicoré (20 brigadistas), Novo Aripuanã (24 brigadistas), Boca do Acre (38 brigadistas) e Canutama (30 brigadistas).

Novas tecnologias – As ações em campo da operação serão ampliadas, ainda, com o uso de geotecnologia para monitoramento ambiental remoto, que inclui uso de drones, e tiveram investimentos de R$ 1,7 milhão, provenientes do Banco Alemão de Desenvolvimento KfW, fruto de um contrato firmado com Governo do Amazonas, por meio da Sema, para execução do Projeto de Prevenção e Combate ao Desmatamento e Conservação da Floresta Tropical no Amazonas (Profloram).

Com recursos da mesma parceria com o KfW, também serão destinados R$ 2,6 milhões para a remuneração de 240 brigadistas por um período de seis meses. Esta é a primeira vez em que brigadistas serão remunerados para atuar no combate às queimadas ilegais no Amazonas.

Na ocasião, o Ipaam anunciará ainda a adesão ao Programa Brasil M.A.I.S – Meio Ambiente Integrado e Seguro – um dos projetos estratégicos do Ministério da Justiça e Segurança (MJSP), que vai reforçar o monitoramento de crimes ambientais. Com o uso de satélites, a ferramenta permitirá a geração de imagens de alta resolução e com capacidade de cobertura diária de todo território nacional, possibilitando a identificação de queimadas, desmatamento, mineração irregular, dentre outros.

Operação Tamoiotatá – Lançada em abril de 2021, a operação já embargou um total de 5.715 hectares de área desmatada de forma irregular no sul do Amazonas, o equivalente a cerca de oito mil campos de futebol. Os crimes ambientais resultaram em R$ 31,1 milhões aplicados em autos de infração.

Durante a operação, no município de Humaitá, o Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAmb), da PMAM, fez a maior apreensão de carga ilegal de madeira deste ano, até o momento. Em um porto particular, foram encontrados cerca de 600 metros cúbicos de madeira, extraídos de forma criminosa da floresta amazônica, para serem vendidos nos estados de Minas Gerais e Santa Catarina. A carga foi avaliada em R$ 2 milhões.

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