Sejusc realiza campanha ‘A sua moedinha me prende aqui’ nos semáforos de Manaus

Sejusc realiza campanha ‘A sua moedinha me prende aqui’ nos semáforos de Manaus


Ação contou com distribuição de panfletos, adesivos e distribuição de cestas básicas a famílias.

FOTO:Divulgação Sejusc

A Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) realizou, nesta segunda-feira (14/12), ações de conscientização da campanha “A sua moedinha me prende aqui”, em semáforos de trânsito situados nas zonas sul, centro-sul e leste de Manaus.

O objetivo da campanha é sensibilizar a população sobre a prática de dar esmola, que contribui para a permanência das crianças e adolescentes nas ruas, favorecendo sua vulnerabilidade social e a situação de exploração de trabalho infantil.

De acordo com o secretário William Abreu, titular da Sejusc, nas grandes capitais, a violação de direitos infantojuvenis é vista com frequência, principalmente, nos semáforos onde meninos e meninas pedem “uma moedinha”, fazem malabarismos ou até vendem produtos sob a justificativa que precisam ajudar seus familiares.

 A secretária executiva de Direitos da Criança e do Adolescente da Sejusc, Edmara Castro, destacou que a permanência das pessoas nos semáforos depende da ajuda oferecida pelos condutores. “Essa ação serve para conscientizar a população a não dar esmola para pessoas que estão nos semáforos. Elas usam as crianças para fazer com que se compadeçam das necessidades deles e doem dinheiro ou alimento. Isso expõe as crianças e os adolescentes a uma série de violências, sem contar o risco de acidentes, raptos ou abusos sexuais”, disse.

 Durante a campanha foi realizado cadastro das pessoas que praticam mendicância. Segundo a secretária, o registro foi feito para que o Governo do Estado possa conceder algum tipo de suporte às famílias, seja com solicitação de documentação básica, inclusão em programas sociais e ações da Sejusc.

Uma das servidoras à frente da campanha, Jaqueline Nogueira destacou os esforços da Sejusc em assegurar os direitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “Nossa missão é plantar essa semente para toda a sociedade, para que possamos auxiliar essas crianças, adolescentes e suas famílias de outra forma, tirando-as dessa situação de mendicância, estagnação e situação de rua”, disse.

 Trabalho infantil - No Brasil, em 2016, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNDA), de um total de 40,1 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos, 1,8 milhão estavam no mercado de trabalho. O que significa dizer que a taxa de trabalho infantil no Brasil, em 2016, era de 4,6%.

 De acordo com o Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (2019-2022), aproximadamente 2 milhões 390 mil crianças e adolescentes estavam no mercado de trabalho, o que equivale a uma taxa de trabalho infantil de 5,96%.

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