Governador do Amazonas diz que vai montar plano de distribuição da vacina contra Covid-19 no estado

 

Governador do Amazonas diz que vai montar plano de distribuição da vacina contra Covid-19 no estado

Wilson Lima afirmou que vai preparar estrutura para levar vacina ao interior.

Foto: Divulgação



O governador do Amazonas, Wilson Lima, afirmou que vai montar uma estrutura para a distribuição da vacina contra a Covid-19 no estado. Nesta terça-feira (8), ele participou por videoconferência da reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e outros governadores.

"O Estado do Amazonas tem se mobilizado no sentido de também preparar essa estrutura para fazer a distribuição para os interiores, levando em consideração as distâncias que nós temos"

Segundo Lima, na reunião com o ministro, foi informado aos governadores que há um plano logístico de distribuição de vacinas e compra de insumos, como seringas, para os estados. O Ministério da Saúde será responsável pela coordenação do plano de distribuição da vacina no país.

"É o Governo federal que tem que de fato ter essa responsabilidade para fazer essa distribuição para todos os estados, ainda mais nesse momento difícil pelo qual vários estados passam por dificuldades financeiras e não é qualquer estado que tem condições de dispor de recursos para compra de vacinas", disse.

“No caso do Amazonas, estamos montando um planejamento com a nossa Fundação de Vigilância em Saúde e Secretaria de Saúde para que, no momento que a vacina chegar, ela imediatamente seja colocada à disposição da população, levando em consideração os critérios técnicos estabelecidos pelo Ministério da Saúde”, afirmou.

Atraso

O pesquisador Fiocruz Amazônia, Jesem Orellana, afirmou que o Brasil já está atrasado em relação ao planejamento de vacinação contra a Covid-19 e isso não somente em relação ao Reino Unido, que iniciou a vacinação nesta terça-feira, mas também em outros países, como Rússia, já iniciaram a vacinação. “Nesse sentido, estamos entrando atrasados nessa disputa e naturalmente teremos que entrar em uma fila para a compra. E quem sai mais prejudicado é a população brasileira, serão as pessoas mais vulneráveis, os idosos e os indígenas”.

Para Orellana, somente agora, com o aumento dos casos em vários estados, os próprios governadores passaram a entender a importância da vacina. “Estamos com um aumento de casos no Brasil, em um claro sinal de retomada das taxas de infeção. Nós temos uma demanda urgente pela vacina. Estamos com dificuldade de controlar a pandemia, estamos fracassando nesse controle, então a vacina nesse cenário se torna essencial”, disse o pesquisador.

Sobre os desentendimentos entre governadores de estados e Ministério da Saúde sobre os procedimentos para a vacinação, Orellana é taxativo: “É importante adquirirmos a vacina e ter um plano de vacinação em massa. Deveríamos ter um plano nacional, de forma coordenada, mas infelizmente virou uma disputa interna o que poderia ser uma campanha única, como tantos outros programas articulados pelo Ministério da Saúde.”

Vacina de Oxford

No encontro, Pazuello foi questionado sobre a etapa de desenvolvimento do imunizante fabricado em parceria da universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca . O ministro afirmou que o registro da vacina deve ser aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no fim de fevereiro de 2021.

Vacina da Pfizer

Nesta terça-feira (8), o Reino Unido começou a imunizar a população contra a Covid-19 com a vacina produzida pela farmacêutica norte-americana Pfizer e pela empresa alemã de biotecnologia BioNTec. Aos governadores, Pazuello afirmou que o governo federal negocia a compra de 70 milhões de doses dessa vacina. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (7).

O ministro citou a dificuldade em relação à vacina da Pfizer, que precisa ser mantida em temperaturas abaixo de -70º. Segundo ele, a previsão é o Ministério da Saúde receber 8,5 milhões de doses no primeiro semestre de 2021 e o restante a partir de junho.

Vacina da Coronavac

Na reunião, Pazuello também foi questionado sobre as tratativas do governo federal para a aquisição da vacina desenvolvida no estado de São Paulo, em parceria do Instituto Butantan com a farmacêutica chinesa Coronavac. A previsão é que o estado inicie a vacinação no dia 25 de janeiro.

O ministro disse que o imunizante também está no fim da fase três dos testes e, na sequência, deve ser submetido à Anvisa. De acordo com ele, a análise pela agência deve levar cerca de 60 dias.

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