Prefeitura de Manaus não paga Samel desde março de 2019

Prefeitura de Manaus não paga Samel desde março de 2019

A afirmação foi feita durante tribuna popular da CMM, com a presença dos secretários de articulação política, Luiz Alberto Carijó, e de administração, Lucas Bandiera.

Foto: divulgação

Durante tribuna popular da Câmara Municipal de Manaus (CMM), o vereador Hiram Nicolau (PSB), afirmou que a Prefeitura de Manaus deu “calote” – ou seja, não pagou – no Grupo Samel, desde março de 2019.
A afirmação foi feita após o assunto do rompimento unilateral do Serviço de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Município de Manaus (Manausmed) com o grupo Samel ter sido revelado aos vereadores.
Nesta quarta-feira, (08/07), foi realizada a tribuna popular com os secretários de articulação política, Luiz Alberto Carijó, e o secretário de administração, Lucas Bandiera, para esclarecer a reforma administrativa e seus impactos, além das questões de serviço de saúde aos servidores públicos.
De acordo com Bandiera, o rompimento com a Samel afetou os serviços de pediatria, que eram ofertados pela Samel, rede credenciada à Manausmed. Segundo o secretário, o órgão “já está atrás de outras credenciadas para regularizar esses serviços” e voltar a atender aos servidores.
O vereador Hiram Nicolau retrucou. “Vou acreditar que estão esquecendo de que prefeitura não paga a Samel e tem uma dívida de R$ 20 milhões. O último pagamento ocorreu em março de 2019”, disse.
Conforme Nicolau, cuja família é dona da Samel, “se for para dizer que cortamos o atendimento, diga que foi por falta de pagamento”.
O secretário Carijó, por sua vez, reforçou por várias vezes que a falta de pagamento da Manausmed é com todos os seus credenciados e é uma conta que nunca vai fechar porque a modelagem do órgão é errada desde o início.
“A questão da Manausmed é estrutural. Houve uma circustância que agravou a instituição. E isso vem se arrastando há anos”, disse.

Estudo

De acordo com o secretário Lucas Bandiera, existe um estudo para realizar a transição da Manausmed para ser um plano de saúde. Esse plano é sem descontinuidade dos serviços já existentes. No entanto, o estudo deve ser deixado para o próxima gestão.
O secretário não deu detalhes de como seria o plano de saúde e a Semad, que gerencia a Manausmed, não respondeu a demanda até o fechamento desta matéria.

Rompimento

Vale ressaltar que em junho, o presidente da Samel, Luis Alberto Nicolau, afirmou que a Prefeitura de Manaus não quis emprestar para o estado de Roraima os equipamentos doados pela Samel e pelo Instituto Transire ao Hospital.
Nicolau gravou um vídeo e divulgou em redes sociais que “a Prefeitura nunca colocou os pés aqui dentro do hospital. O primeiro escalão nunca entrou em uma UTI”, diz.
Desde então, a relação entre o executivo municipal e a empresa não vai nada bem.

Reforma administrativa

No início deste mês, o prefeito Arthur Neto (PSDB) extinguiu as secretarias municipais de Parceria e Projetos Estratégicos; de Juventude, Esporte e Lazer; e de Defesa do Consumidor e Ouvidoria.
Os questionamentos dos parlamentares diz respeito ao status dos serviços ofertados pelas secretarias extintas.
De acordo com Carijó, “as secretarias extintas não perderam sua funcionalidade, pois foram readaptadas a outros órgãos”.
Sobre a economia que essa reforma vai trazer aos cofres públicos, o secretário reafirmou que a secretaria de finanças está realizando esse trabalho, mas que como já foi anunciado pelo prefeito, estima uma economia de R$ 500 milhões.

fonte: Real Time 1

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