WhatsApp vai permitir enviar e receber dinheiro pelo aplicativo; Brasil será primeiro país com a novidade
WhatsApp vai permitir enviar e receber dinheiro pelo aplicativo; Brasil
será primeiro país com a novidade
Será preciso cadastrar
cartão com função débito para fazer transferências e não haverá custos para
usuários. Negócios com conta WhatsApp Business poderão receber pagamentos por
produtos e serviços, mas pagarão taxa.
foto: Divulgação/Whatsaap
O WhatsApp anunciou
nesta segunda-feira (15) que o Brasil será o primeiro país a receber uma
atualização do aplicativo que vai permitir que usuários enviem e recebam
dinheiro, usando cartões cadastrados. A novidade também vai permitir que contas
do WhatsApp Business recebam pagamentos por produtos e serviços.
A função chega ao Brasil já nas
próximas semanas, de acordo com o WhatsApp. Será preciso cadastrar um cartão
com a função débito para fazer as transferências.
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Tudo num clique: a vida na era dos apps
Os pagamentos acontecem dentro de
uma função chamada Facebook Pay. A rede social também é dona do Instagram, além
do Whatsapp.
Em nota, o WhatsApp afirma que o
recurso tem esse nome para que, no futuro, os mesmos dados de cartão possam ser
utilizados em toda a família de aplicativos da empresa — sinalizando que o
Facebook planeja expandir funções de pagamento para outros apps.
O WhatsApp não é o primeiro a
expandir um aplicativo de mensagens em sistema de transferências eletrônicas.
Na China, o WeChat foi responsável
por uma revolução na maneira de pagar no país e atualmente
é também rede social e uma plataforma de vendas.
Segundo o WhatsApp, o Brasil foi
escolhido porque o aplicativo é muito usado no país, tanto por pessoas quanto
por pequenas empresas. O app afirmou ainda que os pagamentos digitais podem
apoiar o desenvolvimento econômico no Brasil, estimulando a inovação e
facilitando a transferência de dinheiro entre pessoas.
"Sabemos que os usuários
locais amam o WhatsApp e entendemos que o fornecimento desse recurso pode
ajudar a acelerar a conscientização e a adoção de pagamentos digitais",
disse um porta-voz.
Como vai
funcionar?
Para que usuários possam enviar e
receber dinheiro pelo WhatsApp será preciso cadastrar um cartão na função
Facebook Pay. Veja como vai funcionar:
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Haverá
uma função, no mesmo menu do envio de imagens, chamada "Pagamento";
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Quando o
usuário clicar nela, o aplicativo vai pedir um valor e redirecionar para a
criação de uma conta;
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Será
preciso aceitar os termos de uso da plataforma e criar uma senha numérica de 6
dígitos;
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Depois, o
usuário vai precisar incluir nome, CPF e um cartão emitido por um dos bancos
parceiros;
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Será
preciso verificar o cartão junto ao banco, que vai enviar um código ao usuário
por SMS, e-mail ou aplicativo do próprio banco. Esse código serve para impedir
o cadastro de cartões roubados, por exemplo.
De acordo com o WhatsApp, o uso
da senha (ou reconhecimento biométrico do celular) vai ser necessário toda vez
que o usuário for enviar dinheiro. As informações de cartão são encriptadas.
Quem vai
poder usar?
Inicialmente será possível usar
cartões de débito, ou que têm função de débito e de crédito, Visa e Mastercard
dos bancos Nubank, Sicredi e Banco do Brasil. A transferência vai ser
intermediada pela Cielo e será sem taxas para os usuários. Segundo o WhatsApp,
o modelo é aberto e está disponível para receber outros parceiros no futuro.
As transações só podem ser feitas
em real e dentro do Brasil. Há um limite de R$ 1 mil por transação e R$ 5 mil
por mês. Será possível fazer até 20 transações por dia.
Para as contas comerciais, usando
o WhatsApp Business, será preciso ter uma conta Cielo para solicitar e receber
pagamentos ilimitados, tanto de crédito quanto de débito, oferecer reembolsos e
ter suporte técnico. Os comerciantes, diferentemente dos usuários, pagam uma
taxa fixa de 3,99% por transação.
“Pequenas empresas são
fundamentais para o país. A capacidade de realizar vendas com facilidade no
WhatsApp ajudará os empresários a se adaptarem à economia digital, além de
apoiar o crescimento e a recuperação financeira", disse Matt Idema,
diretor de operações do WhatsApp em nota.
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