Cine bodó: projeto amazonense leva cinema a comunidades carentes

O Cine Bodó é composto por três atividades. As rodas de conversa com narrativas periféricas e trocas de vivências.


O cine Bodó começou em 2020 com tudo. Nos dias 13 e 14 de fevereiro, a equipe estará no bairro Monte das Oliveiras, no projeto 'Soul do Monte', das 9h às 17h, para realizar oficinas de cinema. Segundo Keila Serruya, as inscrições para a oficina já estão encerradas, mas que os interessados podem acompanhar as programações futuras pelo perfil @grupopicoledamassa no Instagram.

Foto: Divulgação

Só no início do segundo mês do ano, o projeto já realizou oficinas de formação na comunidade do Sharp e no bairro Armando Mendes, na Zona Leste. Além disso, passou pela comunidade indígena Parque das Tribos e bairro Redenção, ambos Zona Oeste. 

A produção de filmes que parte das oficinas realizadas nas comunidades com os jovens; e as exibições de filmes produzidos por artistas independentes, com curadoria de Elen Linth.

Em 2018, o Cine Bodó foi um dos contemplados no Edital Conexões Culturais, um prêmio em dinheiro da prefeitura de Manaus para incentivar a produção cultural na cidade. Na edição, 145 projetos foram inscritos, e destes, 74 foram aprovados. 


Pessoas alcançadas

De acordo com dados coletados e divulgados pela Ancine em fevereiro de 2019, existem cerca de 3,3 mil salas de cinema no Brasil. O número pode parecer grande, mas assusta quando se percebe onde estas salas estão disponíveis. Isso porque, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), somente 11% das 5,5 mil cidades brasileiras possuem salas de cinema. A maioria, claro, em capitais e grandes centros urbanos. O dado também foi divulgado pelo Nexo Jornal.
Foto: Divulgação

Há ainda o caso em que pessoas podem ter acesso ao cinema na cidade, mas não têm condições financeiras para o entretenimento. Nesse contexto, o Cine Bodó propicia uma maior democratização do cinema, atingindo pessoas como a comunicadora visual M4fel (nome artístico) de 25 anos. Ela participou do projeto em 2015. 

Eu fiquei sabendo do projeto porque eu sempre passava pelo Centro de Convivência que ficava em frente à minha casa, no bairro Riacho Doce. Já fazia curso de fotografia e me interessei pelo audiovisual. Levei até umas amigas. Realizamos oficinas para entender mais sobre ângulos e outros termos do cinema. O que aprendi no projeto me ajuda até hoje", comenta M4fel. 



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